Histórico

Antecedentes na FE                   
Professora de fundamental importância para as discussões acerca das mídias digitais

Na Faculdade de Educação (FE), uma das primeiras ações com vistas a discutir a inclusão social articulado à inclusão tecnológica se dá pela criação, em 1995, do Grupo Gente, coordenado pela prof. Mirza Seabra Toschi, que teve suas atividades suspensas entre 2003 a 2006, com a aposentadoria da Profª coordenadora, passando desde 2006 a ser coordenado pela Profª. Cleide Aparecida Carvalho Rodrigues. O grupo mantém atividades regulares de estudo, pesquisa e extensão.

Em 1996, a FE, por meio do projeto "Ensino Básico de Graduação e Novas Tecnologias: Programa de Ação Conjunta entre Graduação e Pós-graduação", financiado pelo PROIN/CAPES (Programa de Apoio á Integração Graduação Pós-graduação), cuja finalidade era incentivar e promover a incorporação de novas tecnologias da comunicação e da informação ao ensino de graduação (licenciaturas), implantou o Laboratório de Educação e Multimídias. O projeto do laboratório previa, além do laboratório de informática, a criação de uma videoteca e uma midiateca na FE. Era objetivo do Laboratório de Educação e Multimídia “capacitar os professores, alunos e funcionários da Faculdade de Educação para a incorporação da tecnologia computacional e de telecomunicações como mecanismos inerentes á ação pedagógica e de investigação, promover a aproximação de professores e alunos aos procedimentos de utilização de redes de informática, criar videoteca e mediateca educativas com acervo atualizado, apoiar e incentivar os grupos de pesquisa existentes e emergentes na FE/UFG, com participação de professores e alunos da graduação e da pós-graduação e propor um programa de atividades que venha facilitar, acompanhar e avaliar os processos de (1) aproximação do professor aos recursos oferecidos pelas novas tecnologias de informática e telemática e (2) desenvolvimento de iniciativas de utilização desses recursos à sua área de atuação (ensino e pesquisa)” (http://www.fe.ufg.br/pages/179).

Passados os anos o Laboratório de Educação e Multimídias, encontra-se sucateado, e não há ações que incentivem e orientem para o uso de tecnologias nos processos educacionais, tal como era a proposta. Outros materiais tecnológicos foram adquiridos pela FE, por meio de projetos de pesquisa e extensão conduzidos pelo quadro de docentes, entretanto, muitos desses recursos estão subutilizados em função da desinformação de seus professores de como usá-lo e muitas vezes, até de sua existência.

Mais uma tentativa de criação de um ambiente tecnológico voltado para os processo educacionais se deu em 1999, pela a equipe de professoras Mirza Seabra Toschi, Verbena Moreira S. de S. Lisita, Cleide Aparecida Carvalho Rodrigues, e Ruth C. R. de Souza, sob a coordenação da última, quando encaminharam ao MEC um projeto em que buscavam recursos para a criação de um laboratório de multimídia e previa a incorporação a ele do laboratório de Informática já existente na FE. Este projeto previa, em sua estrutura, um centro de vídeos: tv escola e outros vídeos; um centro de mídias e arte: do quadro-giz ao computador; um centro de materiais de EAD: produção e análise; e a criação de uma disciplina denominada “Educação, Mídias e Arte”. Tratou-se de um projeto ousado, avaliado com mérito pelo edital a que concorrera, entretanto, por questões orçamentárias, não foi contemplado com o financiamento solicitado, e, portanto, sua proposta não se efetivou. Parte dos objetivos apresentados em 1999 foram incorporados à presente proposta.

Recentemente, como demonstração da constante preocupação dos professores da FE com as questões relativas à inclusão social e digital, em 2011, a profª. Cleide Aparecida Carvalho Rodrigues coordenou o Programa de Inclusão Digital: interfaces com a inclusão social, o qual promoveu junto a grupos diversos da nossa Sociedade (professores, crianças, jovens, adultos, deficientes auditivos), cursos para discutir e promover a inclusão digital, por meio da instrumentação e discussão da influência da mídias nos modos de produção e relações humanas; encontra-se em processo o projeto de pesquisa “Pensar, falar, ler e escrever mediados pelo uso de softwares nas aulas de matemática” (2011-2014) coordenado pela profª Maria de Fátima Teixeira Barreto; há, no curso de Pedagogia FE, disciplinas que discutem a inserção de tecnologias e uma visão critica das mídias tanto no Núcleo Comum, quanto no Núcleo Livre; e ainda, tem-se cursos de núcleo livre que discutem a Educação Especial e Inclusão. Estas são algumas das ações desenvolvidas no âmbito da FE. Outras com certeza haverá, pois não nos foi possível um levantamento detalhado de todas as ações em processo.

 

Surge o LabIN em 2013       

Por entender que é necessário criar condições materiais e pedagógicas para que os alunos aprendam e pratiquem a utilização das novas tecnologias da comunicação e da informação na própria instituição, pois se pode constatar que vários alunos dos cursos de licenciatura, não têm poder aquisitivo que lhes permitam usufruir desses equipamentos em suas residências e quando o acesso lhe é possível não o compreendem com ferramenta pedagógica e facilitadora de processos educacionais e de inclusão social, as unidades formadoras precisam estar equipadas com bibliotecas atualizadas e laboratórios que possibilitem aos alunos aproximarem-se das tecnologias como meio para o estudo e implantação de alternativas de ensino e aprendizagem inclusivas, ou seja, que atenda à diversidade de públicos que tem direito à educação. Enfim, o desenvolvimento de atividades em laboratórios e salas experimentais torna-se premente quando constatamos que a universidade é para estes jovens o local exclusivo de sua formação.

O professor das novas gerações deve cada vez mais aperfeiçoar-se e preparar-se para atuar com crianças, jovens e adultos contribuindo para que sejam críticos, criativos, cooperativos, solidários. Vivemos em um mundo tecnologizado e convivemos com profundas diferenças sociais, o que faz com que tanto agrupamentos sociais, como escolas, convivam em diferentes patamares tecnológicos. As Instituições formadoras de professores precisam contribuir para uma qualificação profissional que englobem também uma formação tecnológica e a implantação de um laboratório de multimídia pode tornar disponível aos professores da escola básica, aos professores e alunos da graduação e pós-graduação o acesso às novas tecnologias, capacitando-os na lida com recursos que se tornam presentes na escola, tais como: lousa digital, tablets, computadores, data shows, vídeos, internet, dentre outros, acompanhado de reflexão sobre o uso dos mesmos nos processos educativos e em nossa sociedade.

A intenção é que tais saberes se coloquem a serviço do pedagógico no que diz respeito ao acolhimento das diferenças dos atores da educação, tanto física quanto social. As novas e velhas tecnologias podem e devem ser utilizadas na escola regular para possibilitar um melhor acolhimento dos alunos em suas características físicas, sociais e psicológicas. Assim, a formação docente sintonizada com o a diversidade existente no ambiente educacional deve ser capaz de produzir e ressignificar conhecimentos, de modo que o professor tenha condições de investigar a sua própria experiência.

Enfim, a preocupação e ação dos professores da FE e as necessidade de formação ampliada de professores demandam a existência de um espaço em que as novas e velhas tecnologias sejam discutidas e exploradas de modo articulado com os estudos que fundamentam o processo de formação de professores. O que aqui foi explicitado conduz-nos a propor a criação do LabIN -LABORATÓRIO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM EDUCAÇÃO, TECNOLOGIA E INCLUSÃO.